Tropa de choque chega para atuar na segurança de aldeia de SC onde houve conflito que deixou morto e feridos
A Tropa de Choque da Polícia Militar chegou à Aldeia Kondá, em Chapecó, onde foi registrado um conflito que deixou um morto e 13 feridos no domingo (16). Os policiais ficarão no lugar em uma base até segunda ordem, ou até que a violência diminua e seja seguro para as famílias que fugiram retornarem ao local.
No domingo, foi registrada uma briga generalizada por disputada de poder na aldeia, que fica no interior do município. Além da morte e dos feridos, casas e carros foram incendiados.
Famílias fugiram do local e foram abrigadas no Ginásio Municipal Ivo Silveira, em Chapecó. A prefeitura informou às 15h15 desta quarta-feira (19) que 320 pessoas estavam no local.
A decisão de que a PM e a Secretaria de Estado da Segurança Pública atuariam na aldeia foi debatida em uma reunião no final da tarde de terça (18) entre esses órgãos e o Ministério Público Federal (MPF).
O MPF também havia pedido que a Força Nacional de Segurança fosse até a aldeia. Porém, com o efetivo de Santa Catarina, o Ministério Público Federal disse que não seria mais necessário o efetivo nacional.
O conflito é investigado em inquérito pela Polícia Federal e MPF. A PF preferiu não se manifestar sobre a apuração para não prejudicar o andamento dos trabalhos.
Segundo a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o conflito tem a ver com uma disputa de poder que dura mais de 30 dias. Coordenador regional do órgão, Adroaldo Antônio Fidelid disse que o caso envolve opositores do atual cacique.
A Polícia Militar foi chamada por volta das 8h de domingo em uma primeira ocorrência. No local, ocorria uma festa e indígenas de um grupo opositor ao atual cacique teriam ido até o espaço e uma briga generalizada teria começado. Mais tarde, houve um novo confronto e novamente as autoridades foram chamadas.
A Polícia Federal foi chamada no local e afirmou que foram “adotadas providências de polícia judiciária, mediante instauração de inquérito policial para apuração dos fatos”.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina (CBMSC), durante a briga generalizada foram várias formas de agressão, entre socos, pontapés, pedradas e arma de fogo. Além do homem morto, dois feridos levados ao hospital, 11 pessoas foram atendidas na aldeia com ferimentos na cabeça, rosto e pernas.