Santa Catarina está enfrentando um cenário preocupante em relação à dengue, com 34.520 casos notificados, dos quais 9.822 são considerados prováveis. Esses dados foram trazidos à luz pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) nesta semana, através da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), que atualiza o informe epidemiológico a cada 15 dias. Até o dia 24 de março, o estado registrou três óbitos por dengue e dois por chikungunya. Com a chegada das chuvas nos próximos meses, a SES alerta que o ambiente se torna ideal para a reprodução do mosquito Aedes aegypti, o principal vetor dessas doenças.

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A situação é ainda mais alarmante ao se considerar que Santa Catarina já identificou 24.441 focos do mosquito em 245 dos 295 municípios. Desses, 178 estão classificados como infestados. No Planalto Norte, Canoinhas, Porto União e Irineópolis estão no radar das autoridades devido à presença desses focos. Embora outras cidades da região do Planalto Norte tenham registrado focos, não foram consideradas infestadas.

Recentemente, um levantamento feito em janeiro e fevereiro de 2025, conhecido como Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), revelou que Canoinhas e Irineópolis estão entre os 60 municípios com baixo risco de transmissão de dengue, chikungunya e Zika. Em contrapartida, Porto União foi classificada como de médio risco, o que exige atenção redobrada da população.

Fonte: LIRAa/LIA (*com informações até o dia 07/03/2025)

A SES também divulgou um panorama detalhado das arboviroses no estado, identificando os sorotipos circulantes DENV1, DENV2 e DENV3, sendo o DENV2 o mais prevalente até o momento. Este ano, novas transmissões autóctones do DENV3 foram detectadas em cidades como Barra Velha, Blumenau e Joinville, algo que não havia sido registrado anteriormente no estado.

A série de tragédias começou com a morte de um homem de 78 anos em Nova Itaberaba, no dia 21 de fevereiro. Em seguida, uma idosa de 71 anos perdeu a vida em Itapoá, no dia 25, e um jovem de 17 anos faleceu em Descanso, no dia 26 de janeiro. Dois outros óbitos estão sob investigação pelas Secretarias Municipais de Saúde, com o apoio da SES.

CASOS DE CHIKUNGUNYA

O informe também trouxe à tona 550 notificações de chikungunya em Santa Catarina, com 294 casos considerados prováveis. Comparando com o mesmo período de 2024, o aumento é impressionante: 568,2%. Até agora, foram confirmados dois óbitos pela doença, e um novo caso está sendo investigado. No Planalto Norte, Canoinhas, Papanduva e Porto União registraram um caso cada.

Diante dessa situação, a população é instada a redobrar os cuidados e estar atenta às orientações das autoridades de saúde. O combate ao mosquito Aedes aegypti e a prevenção das doenças transmitidas por ele são responsabilidades de todos!

31/03/2025 – Super FM