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“Não devo nada à Justiça, nem à sociedade”, diz secretário de Canoinhas exonerado um dia após ser nomeado por Juliana Maciel

A prefeita de Canoinhas, Juliana Maciel Hoppe, exonerou Everson Spagnollo no cargo de secretário de Finanças, Orçamento e Fazenda Pública, um dia após nomeá-lo para a função. Spagnollo é marido da prefeita eleita de Major Vieira, Aline Ruthes, e já foi investigado por desvios de recursos públicos no município de Abelardo Luz, no Centro-Oeste do Estado, no ano de 2001.

       

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A portaria número 36/2025, publicada em Diário Oficial pela Prefeitura Municipal de Canoinhas na terça-feira, 14, nomeava Everson Spagnollo ao cargo em comissão de secretário municipal de Finanças, Orçamento e Fazenda Pública, e continha nomeações a outros oito cargos comissionados. Em pouco tempo, borbulharam em redes sociais, manifestações de canoinhenses contrários à nomeação.

        

Já na quarta-feira, 15, a portaria número 42/2025, publicada pela Prefeitura Municipal de Canoinhas no Diário Oficial, exonerava Everson Spagnollo do cargo.

      

EVERSON SPAGNOLLO EM ABELARDO LUZ

       

Entre os anos de 1997 e 2001, Everson Spagnollo atuou junto ao setor contábil da Prefeitura Municipal de Abelardo Luz, no Centro-Oeste de Santa Catarina.

      

Um processo do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina apurou irregularidades praticadas pelo Executivo do município e pelo servidor durante o ano de 2001.

      

À época, após a realização de uma auditoria pela Diretoria de Controle dos Municípios, o prefeito de Abelardo Luz, João Maria Marques da Rosa, teria de adotar providências visando à instauração de uma tomada de contas especial, por conta de desvios de recursos públicos que teriam sido praticados por Spagnollo.

       

Conforme consta no processo, durante a auditoria realizada, foi constatado desvio de recursos públicos efetuado através de saques em conta-corrente bancária do Município, no montante de aproximadamente R$ 65 mil.

      

Uma empresa foi contratada pelo Executivo de Abelardo Luz por meio de licitação para apurar as irregularidades contábeis que teriam ocorrido no município durante o ano de 2001. Relatórios preliminares comprovaram que cerca de R$ 65 mil haviam sido, de fato, desviados dos cofres de Abelardo Luz. Na sequência, a mesma empresa contratada comprovou que o servidor Everson Spagnollo devolveu o montante desviado, com juros e correção monetária.

       

Procurado pela reportagem do JMais, Spagnollo comentou que os burburinhos em redes sociais apontando o processo que ele respondeu em 2001 teriam motivação exclusivamente política. “Existem sempre essas pessoas que gostam de atrapalhar o andamento das coisas, trata-se de um processo de 2001, que já se encontra arquivado e prescrito”, comentou.

        

Nos últimos oito anos, Spagnollo atuou como contador na Câmara Municipal de Monte Castelo e também na Prefeitura do Município. À reportagem, ele alegou ter pedido exoneração de ambos os cargos para assumir a Secretaria de Finanças de Canoinhas, que se trata de um desmembramento da Secretaria de Administração.

      

“Eu acreditava que iria fazer o trabalho da melhor forma possível, mas logo após os comentários nas redes sociais, a prefeita Juliana me chamou para conversar e ela achou que a situação poderia gerar um desconforto no governo, então eu disse que se não estivesse confortável com a situação, eu poderia pedir a minha exoneração e foi o que eu fiz”, alegou Spagnollo.

       

Spagnollo é categórico ao afirmar que “não deve nada à Justiça, nem à sociedade” Segundo ele, trabalha há 30 anos com contabilidade pública e nunca houve sanções o bloqueando de prestar serviços. Ele comentou ainda que todos os documentos e certidões necessários para que assumisse a função pública foram apresentados.

          

Quando perguntado pela reportagem especificamente sobre o processo que respondeu por desvio de recursos públicos, Spagnollo comentou que a empresa contratada para realizar auditoria e perícia no setor contábil de Abelardo Luz “precisava dar resultados”, então, segundo ele, averiguou que havia um montante “faltando” nos cofres públicos e acabou o citando como responsável. “Mas o processo é de 2001 e já está prescrito e arquivado”, reforçou.

          

O QUE DIZ A PREFEITA

        

Em nota, a prefeita Juliana Maciel Hoppe alega que assim que tomou conhecimento dos fatos, que ocorreram há mais de 20 anos, determinou a exoneração de Spagnollo.

      

Confira abaixo a nota na íntegra da prefeita Juliana Maciel Hoppe:

        

“Imediatamente ao tomar conhecimento dos fatos, que ocorreram há mais de 20 anos, determinei a exoneração dele.

   

Não havia qualquer restrição criminal no nome dele, tendo sido apresentadas todas as certidões exigidas. Inclusive ele trabalhou os últimos oito anos em Monte Castelo.

    

Minha gestão tem o compromisso de zelar pelos princípios éticos de honestidade, transparência e respeito à legislação vigente, garantindo uma gestão pública responsável e cidadã e, desta forma, determinei que ele não assumisse funções na prefeitura”.

     

Fonte: Jmais / por Rádio Super FM




17/01/2025 – Super FM

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