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Santa Catarina registra chuva preta e autoridades alertam para baixa qualidade do ar

Maravilha, no Oeste, foi o primeiro município de Santa Catarina a registrar a chamada chuva preta. A cidade foi afetada pelo fenômeno causado pela presença de fuligem e cinzas na atmosfera, resultantes das queimadas que atingem o Centro-Norte do Brasil.

 

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A fumaça, que já vinha sendo observada em diferentes regiões do estado, se misturou com a precipitação, escurecendo a água da chuva.

  

A Central de Monitoramento da Defesa Civil de Santa Catarina já havia previsto o fenômeno, alertando sobre a possibilidade de chuva preta devido à alta concentração de fumaça e fuligem no ar. Esse aviso reforçou o monitoramento contínuo das condições atmosféricas, especialmente após a fumaça se deslocar para o Sul do país. O fenômeno pode se repetir em outras cidades catarinenses entre quinta, 12, e sexta-feira,13.

  

De acordo com o meteorologista chefe da Defesa Civil, Felipe Theodorovitz, a precipitação se deve em decorrência de uma frente fria que passa pelo estado. A chuva começou pelas áreas de divisa com o Rio Grande do Sul e a partir desta quinta e ao longo do fim de semana avança em direção às demais regiões do estado.

  

Os meteorologistas ainda destacam que a chuva preta não é visível em coloração escura caindo da atmosfera. O fenômeno é mais facilmente detectado ao tocar o solo.

  

Nos últimos dias, o estado de Santa Catarina tem sentido os impactos das queimadas que ocorrem na região centro-norte do Brasil, além da Bolívia e Paraguai. A combinação entre uma intensa massa de ar seco e quente e a fumaça das queimadas tem causado uma piora significativa na qualidade do ar, principalmente nas regiões Oeste e Extremo Oeste catarinense.

  

A Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil (SDC), o Instituto do Meio Ambiente (IMA), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Secretaria do Meio Ambiente e Economia Verde (Semae) emitiram uma nota conjunta alertando para os riscos à saúde pública, decorrentes da baixa umidade relativa do ar e da poluição atmosférica.

  

Desde domingo 8, o estado está sob um Aviso Meteorológico, com atenção voltada para as possíveis consequências à saúde, como desidratação, agravamento de doenças respiratórias e cardiovasculares, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com doenças preexistentes.

  

De acordo com a Central de Monitoramento da Defesa Civil de Santa Catarina, o transporte da fumaça tem sido acompanhado em tempo real. “Estamos monitorando constantemente as condições e o avanço da fumaça pelo estado. A situação requer atenção redobrada, principalmente nas regiões mais afetadas pela baixa umidade e pela poluição. A orientação é que a população siga as recomendações de proteção, especialmente as pessoas que fazem parte de grupos de risco”, afirmou o gerente do monitoramento e alerta Frederico Rudorff.

  

Segundo o Instituto do Meio Ambiente (IMA), a fumaça trazida pelas queimadas intensificou a poluição atmosférica. Estações de monitoramento do ar, localizadas nos municípios de Tubarão e Capivari de Baixo, registraram concentrações de partículas inaláveis (MP10) entre 80 e 130 μg/m³, valores que configuram um Índice de Qualidade do Ar entre moderado e ruim.

  

“Além da fumaça das queimadas alguns outros fatores também podem colaborar com o atual cenário como: a direção do vento que transporta os poluentes, a hora do dia que também pode influenciar na qualidade do ar e as condições atmosféricas como tempo seco que favorece a permanência do poluente em suspensão ou chuvoso que possibilita a limpeza do ar removendo partículas de poeira, poluentes e outras impurezas”, explica o diretor de Controle e Passivos Ambientais do IMA, Diego Hemkemeier Silva.

  

A Secretaria de Estado da Saúde alerta para que a população fique atenta para os sintomas que a baixa qualidade do ar podem causar: irritação nos olhos, nariz e garganta, além de cansaço e tosse seca. Grupos vulneráveis estão mais suscetíveis a problemas mais graves.

  

RECOMENDAÇÕES

  

– Hidratação constante: Beba água regularmente, mesmo sem sentir sede.

 

– Ambientes internos: Utilize umidificadores de ar ou recipientes com água para melhorar a umidade dentro de casa.

 

– Evitar atividades ao ar livre: Especialmente em horários de maior concentração de poluentes.

 

– Buscar atendimento médico: Se os sintomas respiratórios ou irritações persistirem, é aconselhável procurar assistência médica.

  

PRÓXIMOS DIAS

   

A partir de sexta-feira, 13, a chegada de uma frente fria deve trazer chuvas para o estado. Devido à alta concentração de fuligem na atmosfera, é possível que ocorra o novamente fenômeno conhecido como “chuva preta”, quando a precipitação apresenta uma coloração escura por conta da presença de partículas em suspensão no ar.

  

As autoridades seguem monitorando a situação e novas atualizações serão divulgadas conforme o avanço das condições meteorológicas.

  

Fonte: Agência Brasil / Por Rádio Super FM




13/09/2024 – Super FM

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