Mais dois prefeitos de SC viram réus na operação que prendeu 16 políticos do estado
Mais dos prefeitos de Santa Catarina viraram réus no processo relativo à Operação Mensageiro, que investiga crimes em torno da coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina. Antônio Ceron (PSD), de Lages, na Serra, e Antônio Rodrigues, de Balneário Barra do Sul (PP), no Litoral Norte, foram os políticos que tiveram as denúncias aceitas pela Justiça nesta quinta-feira (11).
A defesa de Antônio Ceron disse em nota que “é inverídica qualquer alegação de que haveria superfaturamento nos processos de contratação do serviço de coleta de lixo” e que “a acusação contra o Prefeito Antônio Ceron baseou-se em são meras ilações e conjecturas que não se conectam com os atos ilícitos imputados aos demais acusados na peça acusatória. Essas conjecturas sequer podem conferir suporte material a qualquer acusação estatal contra o senhor Antônio Ceron”.
O advogado de Antônio Rodrigues, Marlon Bertuol, afirmou que irá aguardar a publicação do acórdão, mas já antecipou que a defesa pretende apresentar um recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para “demonstrar que não existem elementos para justificar o recebimento da denúncia, bem como para demonstrar a desnecessidade da manutenção da prisão preventiva”.
A investigação da Operação Mensageiro está relacionada à suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina. Ao todo, 16 prefeitos de Santa Catarina estão presos por causa da investigação.
Com a decisão pelos recebimentos das denúncias, a Justiça agora irá analisar os elementos obtidos pela investigação e também abrir espaço para as defesas dos prefeitos. O sigilo sobre a investigação também foi retirado pela decisão desta quinta.
Ceron foi preso em fevereiro, na segunda fase da operação. Atualmente, já são quatro etapas. Ceron ficou detido por duas semanas em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina, mas atualmente está em prisão domiciliar, após a Justiça aceitar um pedido da defesa.
Já Rodrigues foi preso na primeira fase da operação, em dezembro de 2022. Ele permanece detido no presídio de Mafra, no Norte catarinense.
Além desses dois, outros cinco prefeitos já viraram réus na investigação (veja abaixo). Ceron é o único dos presos que está em prisão domiciliar. Os demais, estão em unidades prisionais pelo estado.
Quem são os prefeitos presos?
– Deyvison Souza (MDB), de Pescaria Brava;
– Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva;
– Antônio Rodrigues (PP), de Balneário Barra do Sul.
– Antônio Ceron (PSD), prefeito de Lages, que agora está em prisão domiciliar;
– Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo;
– Marlon Neuber (PL), de Itapoá;
– Joares Ponticelli (PP), de Tubarão;
– Luiz Carlos Tamanini (MDB), de Corupá;
– Armindo Sesar Tassi, de Massaranduba;
– Adriano Poffo (MDB), de Ibirama;
– Adilson Lisczkovski, de Major Vieira;
– Patrick Corrêa, de Imaruí;
– Luiz Divonsir Shimoguiri, de Três Barras;
– Alfredo Cezar Dreher, de Bela Vista do Toldo;
– Felipe Voigt, de Schroeder;
– Luis Antonio Chiodini (PP) prefeito de Guaramirim;
Quem são os prefeitos que viraram réus?
– Deyvisonn da Silva de Souza, de Pescaria Brava, no Sul catarinense
– Luiz Henrique Saliba, de Papanduva, no Norte catarinense
– Vicente Corrêa Costa, de Capivari de Baixo, no Sul catarinense
– Marlon Neuber (PL), de Itapoá, no Norte catarinense
– Joares Ponticelli (PP), de Tubarão, no Sul catarinense